Sarkozy prepara uma "revolução verde" em França ao lado de Gore

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O objectivo era ambicioso: lançar uma "revolução verde" em França. Mas a cimeira de dois dias, que ontem terminou em Paris, encerrou com um acordo para reduzir em 50% o uso de pesticidas "sem data limite" e com o apelo de Nicolas Sarkozy à UE para criar uma "taxa sobre o carbono" a aplicar aos grande emissores de gás com efeito de estufa. O Presidente francês propôs-se ainda investir mil milhões de euros em quatro anos nas "energias do futuro".

Convidado de honra da cimeira, Al Gore considerou o encontro como "um avanço formidável" na luta contra o aquecimento global. O ex-vice-presidente dos EUA, que se tornou numa espécie de guru do ambiente após a derrota nas presidenciais de 2000, esteve ao lado do presidente da Comissão Europeia, o português José Manuel Durão Barroso, e da ecologista Wangari Maathai, Nobel da Paz 2004. O encontro contou com a participação, além do Governo, de empresários, sindicatos, organizações não governamentais.

"A França e a UE lutam juntas contra as alterações climáticas", sublinhou Barroso, para quem a cimeira abordou o "grande desafio do século XXI". Logo depois, Gore, que este mês venceu o Nobel da Paz pelo seu trabalho em prol do ambiente, felicitou os franceses pela sua preocupação com estas questões e elogiou Sarkozy, "grande amigo dos habitantes do planeta".

Na presença dos ministros, o Presidente francês recuperou o tom que usou na campanha para as presidenciais ao garantir: "O que disse hoje, vamos fazê-lo, e vamos fazê-lo juntos". Com um discurso forte em termos de segurança e trabalho, Sar- kozy parece ter decidido apostar na área do ambiente.| com agências

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